A cena do ASSASSINATO
Motorista que provocou acidente na Ponte JK será indiciado por homicídio doloso. Dessa forma,
ele irá a júri popular e poderá pegar até 20 anos de prisão. Desembargadora analisa habeas corpus
MÁRIO COELHO
DA EQUIPE DO CORREIO
Depois de seis dias de investigações,
os policiais
da 10ª DP (Lago Sul) vão
concluir, na semana que
vem, o inquérito pedindo o indiciamento
do professor de educação
física Paulo César Timponi, 49
anos, por homicídio doloso (com
intenção de matar). Na avaliação
dos agentes, ao dirigir em alta velocidade
pela Ponte JK, ele assumiu
o risco de matar as três mulheres
que perderam a vida no acidente.
Os investigadores só esperam
pela chegada dos laudos periciais
para terminar a apuração do
caso. “Não temos dúvidas da participação
de Timponi no acidente”,
afirmou o delegado titular da
10ª DP, Antônio Cavalheiro. Até
hoje, dois motoristas de Brasília
foram a júri popular por provocarem
acidentes de trânsito com
morte (leia Memória abaixo). A
pena para homicídio doloso varia
de seis a 20 anos de prisão.
Enquanto os policiais têm certeza
da participação de Timponi
no acidente, o mesmo
não acontece com
Marcelo Costa Sales,
23 anos. Apesar de o
músico ter se apresentado
na delegacia na
tarde de quarta-feira,
os investigadores não
sabem ao certo sua
participação no acidente.
A única certeza,
por enquanto, é
que a S-10 vinho
(KDA-0566/DF) vista
por testemunhas participando
de um racha
é a de Marcelo.
“Não se pode jogar
qualquer culpa em cima
dele. Seria até leviano
fazer isso”, admite
Cavalheiro.
Em depoimento,
ele afirmou que havia
saído do clube da Associação
Geral dos
Servidores da Polícia
Civil (Agepol), por volta
das 16h30 do último
sábado, e teria
passado pela Ponte JK em um horário
próximo ao do acidente —
por volta das 17h. Marcelo nega
que tenha participado de um pega
e afirma que não presenciou a
colisão. “Eu não participei de racha
nenhum. E, se tivesse visto o
acidente, teria parado para ajudar”,
afirmou. Segundo seu advogado,
Ronaldo Cavalcante, a mãe
do músico morreu vítima do trânsito
há dois meses.
Funcionários da Agepol, entretanto,
negam que Marcelo tenha
comparecido ao clube no sábado.
Eles, que pedem para não
serem identificados, afirmam
que no dia do acidente não houve
qualquer tipo de evento nas
dependências do clube. Os empregados
disseram que o músico
montou sua aparelhagem de som
nas dependências da Agepol no
domingo, deixou um DJ tocando
e foi embora. “Ele esteve lá no sábado,
sim. Fez uma apresentação
lá”, garante o advogado do dono
da caminhonete.
Para o delegado da 10ª DP, a
possibilidade de Marcelo não ter
comparecido a Agepol no sábado
não influi na avaliação do caso.
“O que importa é que era a caminhonete
dele na hora do acidente”,
justificou o policial. Por
enquanto, ainda é muito cedo
para pedir um mandado de prisão
contra o músico. Isso só
ocorrerá se os resultados dos
laudos periciais que os investigadores
aguardam — necropsia,
perícia dos carros e do local do
acidente, além de uso de substâncias
entorpecentes — incriminarem
o rapaz.
Manifestação
Na manhã de ontem, os advogados
de Paulo César Timponi entraram
com um pedido de habeas
corpus na 1ª Turma Criminal
do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal. A desembargadora
Sandra de Santis recebeu o pedido,
mas não se pronunciou até o
fechamento da edição. Segundo
assessores, ela levou o habeas
corpus para analisar em casa. O
resultado pode sair ainda hoje.
Timponi está detido na carceragem
do Departamento de Polícia
Especializada (DPE) e não é mais
réu primário — ele já foi
condenado por tráfico de
drogas em 2003.
Alheia aos pedidos dos
advogados de Timponi, a
família de Antônia Maria
de Vasconcelos, 49, uma
das três vítimas do acidente,
acertou os últimos detalhes
da manifestação marcada
para domingo. Com
autorização do Departamento
de Trânsito (Detran)
do DF e apoio dos agentes
do órgão, a Avenida das
Nações será fechada na altura
do viaduto que dá
acesso à Ponte JK. Os manifestantes,
que vão se concentrar
na avenida, vão seguir
a pé até o local do acidente,
onde será realizada
uma oração. Já a carreata
que estava prevista foi cancelada.
A missa de sétimo
dia está marcada para hoje
às 19h30, na Nossa Senhora
de Nazaré no Lago Sul.
COLABOROU MARCELA DUARTE
MEMÓRIA
No banco dos réus
Dois motoristas já foram
condenados pelo Tribunal do
Júri por homicídio simples no
Distrito Federal. Em 21 de setembro
de 2005, o então viceprefeito
de Águas Lindas, Érico
Souza Ferreira, recebeu uma
pena de sete anos de prisão, em
regime semi-aberto,pela morte
de Sebastião Ribeiro Mendonça
e José Gonçalves da Rocha
em um acidente de trânsito.Na
época, o 1º Tribunal do Júri de
Ceilândia concedeu ao viceprefeito
o direito de recorrer da
decisão em liberdade.
O acidente ocorreu em 24 de
abril de 1993, por volta das 7h.
A caminhonete F1000 de Érico
atravessou a pista contrária
em alta velocidade e bateu de
frente no Fusca de Sebastião na
BR-070, perto do trevo de entrada
de Brazlândia.Com a colisão,
o carro de Sebastião explodiu.
Ele e José Gonçalves
morreram na hora.De acordo
com a família de Sebastião,
Érico estaria bêbado com várias
latas de cervejas abertas no
carro e tentou fugir do local do
acidente. A versão do vice-prefeito,
que na época não tinha
concorrido a nenhum cargo
público, é diferente.As latas estavam
fechadas e Érico somente
transportava a cerveja. A defesa
considerou o acidente uma
“fatalidade”.
Em 31 de março de 2006, o
bancário Paulo Rogério Veras,
31 anos, foi condenado a seis
anos de prisão, em regime semi-
aberto também. Essa foi a
segunda sentença dada no DF
a uma pessoa acusada de crime
de trânsito e submetido ao
Tribunal do Júri. O bancário
teria se envolvido em um pega
em junho de 1999. O acidente
resultou na morte do estudante
Carlos Augusto Dias Lins, o
Cadu, então com 17 anos, que
voltava de uma videolocadora
em uma bicicleta..Um dos carros,
em alta velocidade, atingiu
o adolescente no acostamento
da pista principal do Lago Norte,
na altura da QI 12. (MC)
ele irá a júri popular e poderá pegar até 20 anos de prisão. Desembargadora analisa habeas corpus
MÁRIO COELHO
DA EQUIPE DO CORREIO
Depois de seis dias de investigações,
os policiais
da 10ª DP (Lago Sul) vão
concluir, na semana que
vem, o inquérito pedindo o indiciamento
do professor de educação
física Paulo César Timponi, 49
anos, por homicídio doloso (com
intenção de matar). Na avaliação
dos agentes, ao dirigir em alta velocidade
pela Ponte JK, ele assumiu
o risco de matar as três mulheres
que perderam a vida no acidente.
Os investigadores só esperam
pela chegada dos laudos periciais
para terminar a apuração do
caso. “Não temos dúvidas da participação
de Timponi no acidente”,
afirmou o delegado titular da
10ª DP, Antônio Cavalheiro. Até
hoje, dois motoristas de Brasília
foram a júri popular por provocarem
acidentes de trânsito com
morte (leia Memória abaixo). A
pena para homicídio doloso varia
de seis a 20 anos de prisão.
Enquanto os policiais têm certeza
da participação de Timponi
no acidente, o mesmo
não acontece com
Marcelo Costa Sales,
23 anos. Apesar de o
músico ter se apresentado
na delegacia na
tarde de quarta-feira,
os investigadores não
sabem ao certo sua
participação no acidente.
A única certeza,
por enquanto, é
que a S-10 vinho
(KDA-0566/DF) vista
por testemunhas participando
de um racha
é a de Marcelo.
“Não se pode jogar
qualquer culpa em cima
dele. Seria até leviano
fazer isso”, admite
Cavalheiro.
Em depoimento,
ele afirmou que havia
saído do clube da Associação
Geral dos
Servidores da Polícia
Civil (Agepol), por volta
das 16h30 do último
sábado, e teria
passado pela Ponte JK em um horário
próximo ao do acidente —
por volta das 17h. Marcelo nega
que tenha participado de um pega
e afirma que não presenciou a
colisão. “Eu não participei de racha
nenhum. E, se tivesse visto o
acidente, teria parado para ajudar”,
afirmou. Segundo seu advogado,
Ronaldo Cavalcante, a mãe
do músico morreu vítima do trânsito
há dois meses.
Funcionários da Agepol, entretanto,
negam que Marcelo tenha
comparecido ao clube no sábado.
Eles, que pedem para não
serem identificados, afirmam
que no dia do acidente não houve
qualquer tipo de evento nas
dependências do clube. Os empregados
disseram que o músico
montou sua aparelhagem de som
nas dependências da Agepol no
domingo, deixou um DJ tocando
e foi embora. “Ele esteve lá no sábado,
sim. Fez uma apresentação
lá”, garante o advogado do dono
da caminhonete.
Para o delegado da 10ª DP, a
possibilidade de Marcelo não ter
comparecido a Agepol no sábado
não influi na avaliação do caso.
“O que importa é que era a caminhonete
dele na hora do acidente”,
justificou o policial. Por
enquanto, ainda é muito cedo
para pedir um mandado de prisão
contra o músico. Isso só
ocorrerá se os resultados dos
laudos periciais que os investigadores
aguardam — necropsia,
perícia dos carros e do local do
acidente, além de uso de substâncias
entorpecentes — incriminarem
o rapaz.
Manifestação
Na manhã de ontem, os advogados
de Paulo César Timponi entraram
com um pedido de habeas
corpus na 1ª Turma Criminal
do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal. A desembargadora
Sandra de Santis recebeu o pedido,
mas não se pronunciou até o
fechamento da edição. Segundo
assessores, ela levou o habeas
corpus para analisar em casa. O
resultado pode sair ainda hoje.
Timponi está detido na carceragem
do Departamento de Polícia
Especializada (DPE) e não é mais
réu primário — ele já foi
condenado por tráfico de
drogas em 2003.
Alheia aos pedidos dos
advogados de Timponi, a
família de Antônia Maria
de Vasconcelos, 49, uma
das três vítimas do acidente,
acertou os últimos detalhes
da manifestação marcada
para domingo. Com
autorização do Departamento
de Trânsito (Detran)
do DF e apoio dos agentes
do órgão, a Avenida das
Nações será fechada na altura
do viaduto que dá
acesso à Ponte JK. Os manifestantes,
que vão se concentrar
na avenida, vão seguir
a pé até o local do acidente,
onde será realizada
uma oração. Já a carreata
que estava prevista foi cancelada.
A missa de sétimo
dia está marcada para hoje
às 19h30, na Nossa Senhora
de Nazaré no Lago Sul.
COLABOROU MARCELA DUARTE
MEMÓRIA
No banco dos réus
Dois motoristas já foram
condenados pelo Tribunal do
Júri por homicídio simples no
Distrito Federal. Em 21 de setembro
de 2005, o então viceprefeito
de Águas Lindas, Érico
Souza Ferreira, recebeu uma
pena de sete anos de prisão, em
regime semi-aberto,pela morte
de Sebastião Ribeiro Mendonça
e José Gonçalves da Rocha
em um acidente de trânsito.Na
época, o 1º Tribunal do Júri de
Ceilândia concedeu ao viceprefeito
o direito de recorrer da
decisão em liberdade.
O acidente ocorreu em 24 de
abril de 1993, por volta das 7h.
A caminhonete F1000 de Érico
atravessou a pista contrária
em alta velocidade e bateu de
frente no Fusca de Sebastião na
BR-070, perto do trevo de entrada
de Brazlândia.Com a colisão,
o carro de Sebastião explodiu.
Ele e José Gonçalves
morreram na hora.De acordo
com a família de Sebastião,
Érico estaria bêbado com várias
latas de cervejas abertas no
carro e tentou fugir do local do
acidente. A versão do vice-prefeito,
que na época não tinha
concorrido a nenhum cargo
público, é diferente.As latas estavam
fechadas e Érico somente
transportava a cerveja. A defesa
considerou o acidente uma
“fatalidade”.
Em 31 de março de 2006, o
bancário Paulo Rogério Veras,
31 anos, foi condenado a seis
anos de prisão, em regime semi-
aberto também. Essa foi a
segunda sentença dada no DF
a uma pessoa acusada de crime
de trânsito e submetido ao
Tribunal do Júri. O bancário
teria se envolvido em um pega
em junho de 1999. O acidente
resultou na morte do estudante
Carlos Augusto Dias Lins, o
Cadu, então com 17 anos, que
voltava de uma videolocadora
em uma bicicleta..Um dos carros,
em alta velocidade, atingiu
o adolescente no acostamento
da pista principal do Lago Norte,
na altura da QI 12. (MC)
2 comentários:
TIMPONI = Esmagador de crânios de mulheres indefesas. Não é estuprador de mulheres. É ESMAGADOR!!! Isso é comportamento de BICHO, de SELVAGEM. Ele num devia ir pra cadeia! Devia ir pro ZOOLÓGICO. Deve ser dado aos tigres de refeição!! Isso se o tigre ACEITAR!! Por que o TIMPONI é podre!! TEM DROGA NO CORPO DELE!!! Sem comentar que é traficante, cheirador de cocaína, maconheiro, e alcoólatra! Ah! E receptador de carro roubado e falsificador de identidade! Resumindo: TIMPONI é sinônimo de CRIME!! Ele é o verdadeiro PROFESSOR DO CRIME!!! E agora vai pra a PAPUDA encontrar seus seus semelhantes! Sem querer insultar os presídiários de bem que estão lá injustamente, pois no Brasil só vai preso pobre por que roubou pra comer. Bandido rico e de costa quente feito esse filhinho de papai desse playboy TIMPONI, num vai preso não.. Esmaga crânio num dia e um mês depois tá nas ruas a 200kmh de novo. E a justiça batendo palma!! O bom é que SE ele for solto, tem mais chance de AGENTE pegar ele... E VAI PEGAR!!! Até a família dele deve tar querendo que ele se mate logo... RESUMINDO.. Se o ANIMAL for esperto, vai pedir pra ficar bem presinho, pro RESTO DA VIDA, por que NO DIA que sair, e eu vou saber e deixar o MUNDO INTEIRO SABER quando isso acontecer, nesse dia a espécie do TIMPONI será EXTINTA da face da Terra!!! Pelo bem de DEUS! ESSE ENVIADO DO DIABO VAI MORRER! E NUM VAI SER RÁPIDO NÃO, QUE ELE NÃO MERECE! VAI MORRER TIMPONI!
Gostaria de saber o porque que o Delegado Cavalhero não toma uma atitude mais rígida em relação ao músico Marcelo Sales ele não pode sair sem punição dessa situação, estava bebado no dia. Eu estava na festa da QI 27 e vi que ele chegou meio nervoso e so tinha caixas de som pequenas, falava muito e estava totalmente bebado.
Postar um comentário