domingo, 14 de outubro de 2007

Brasília, domingo, 14 de outubro de 2007
DF terá câmeras nas ruas para vigiar pegas Guilherme Goulart e Pablo Rebello Do Correio Braziliense
14/10/200708h15-O Departamento de Trânsito do Distrito Federal quer acabar com as competições ilegais nas vias públicas brasilienses. A estratégia a ser adotada é a implantação do programa Trânsito Inteligente. O projeto de monitoramento cobrirá a cidade de equipamentos eletrônicos. Há a previsão de se instalar câmeras em 112 pontos do DF, capazes de identificar acidentes, manobras ilegais e interrupções no fluxo em tempo real. O sistema está em fase de testes na Esplanada dos Ministérios e em Taguatinga. A assinatura do contrato com a empresa que explorará o serviço deve ocorrer em até 90 dias. O governador José Roberto Arruda disse ontem que apresentará esta semana um pacote de medidas para conter a violência no trânsito. “Vamos aumentar a fiscalização e conscientizar a população. O trânsito de Brasília precisa melhorar porque está muito desumano”, disse. A medida de monitorar as vias foi adotada, com sucesso, em Fortaleza, Curitiba e nas rodovias que cortam São Paulo. Apesar das punições previstas no Código de Trânsito Brasileiro, os motoristas envolvidos em pegas dificilmente recebem uma condenação à altura dos rachas que terminam em tragédias. Na maioria das vezes, eles têm a pena convertida em serviços comunitários ou doações de cestas básicas. Em outras, os processos se arrastam por anos. A família do advogado Francisco Augusto Nora Teixeira, o Gutão, 29, espera há quase quatro anos o julgamento do homem acusado de provocar a morte do advogado também na Ponte JK. O acidente ocorreu em 21 de janeiro de 2004. O estudante Rodolpho Félix Grande Ladeira, então com 21 anos, participava de um racha ao volante de uma Mercedes Benz e atingiu a traseira do carro de Gutão. A vítima voltava para casa na velocidade da via. Rodolpho seguia a 165km/h, segundo a perícia da Polícia Civil. Duas semanas depois do acidente, o estudante bateu um Honda Civic em dois carros parados na W4 Sul. Até hoje ele só perdeu a carteira de habilitação. Espera julgamento em liberdade. À família de Gutão, restou a angústia provocada pela indefinição do caso. O pai da vítima, o engenheiro Carlos Augusto Teixeira Filho, 59, mora numa casa com vista para a Ponte JK. Todos os dias enxerga o local onde perdeu o filho. “Faz três anos e nove meses que estamos nessa batalha. Estou cansado, tenho sofrido, mas espero poder ver esse criminoso atrás das grades. O mesmo devia ocorrer com os pais desse assassino, que vejo como co-responsáveis pelo crime por fornecerem os veículos que ele usava para apostar corridas”, avaliou. A mesma lentidão judicial enfrenta o professor de educação física Rogério Aviani. Mesmo com todas as provas e laudos periciais, até hoje ele não recebeu um centavo do motorista que o atingiu em novembro de 2003. O processo criminal que condenou o acusado a prestar serviço comunitário e a indenizar a vítima teve um agravo de pena e terminou por prescrever neste ano. Rogério também move outros dois processos na vara civil, por danos materiais e morais. Ambos estão abertos, à espera de decisão judicial.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por favor assitam o ASSASSINO! TIMPONI SAINDO DA CADEIA! O link é:
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Noticias/0,,GIM743270-7823-PAULO+
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