César Timponi está com a habilitação suspensa. Agora, nós vamos suspendê-lo da sociedade...!

Brasília, segunda-feira, 08 de outubro de 2007
Motorista pode ter batido a 140km/h na Ponte JK Mariana Branco e Diana Pimentel Do CorreioWeb
Atualizada às 15h41

08/10/200713h17-O motorista responsável pelo acidente que matou três pessoas na Ponte JK, no último sábado, pode ter batido a 140 km/h. A informação, ainda não oficial, foi repassada pela Polícia Civil ao diretor do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF).

Paulo César Timponi, 49 anos, disputava um pega com uma caminhonete S10 no início da noite de sábado. Ele perdeu o controle da direção é atingiu um Toyota Corolla, causando a morte de três passageiras que estavam no banco de trás. O acusado ainda não se apresentou à polícia, mas segundo o delegado-adjunto, Jefferson Lisboa Gimenes, da 10ª DP (Lago Sul) ele já foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar). O delegado ainda informou que já prepara o pedido de prisão temporária de Timponi.

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O diretor do Detran afirmou que a habilitação de Timponi já está suspensa preventivamente. O próximo passo, agora, é dar início a um processo de cassação. Quando uma carteira de habilitação é cassada, o condutor fica impossibilitado por dois anos de tentar obter uma nova. Após esse prazo, ele pode reaver o direito de conduzir, mas tem que passar novamente por todas as etapas exigidas de um condutor iniciante – provas teórica e prática.

Délio Cardoso, no entanto, é enfático ao afirmar que, mesmo após 24 meses da cassação, não deixará Paulo César Timponi voltar às ruas do DF. “Na minha gestão, ele não volta a dirigir. Pode até requerer uma nova habilitação decorridos os dois anos, mas eu vou negar o pedido. Então, se ele quiser, que procure seus direitos na Justiça”, afirmou.

Apoio Délio Cardoso foi ao cemitério Campo da Esperança na manhã desta segunda-feira, onde Antônia Maria de Vasconcelos foi enterrada. Ele se emocionou ao conversar com o marido da vítima, Luiz Cláudio Vasconcelos. O diretor do Detran diz que espera que o motorista seja acusado por homicídio doloso, caso contrário, poderá cumprir somente penas alternativas.

De acordo com o delegado Jefferson Lisboa, para que César Timponi seja julgado por crime doloso, a Justiça deve aceitar a tipificação designada no inquérito, que será enviado às instâncias judiciais quando as investigações forem concluídas. “Nós entendemos que foi um homicídio doloso porque ele assumiu todos os riscos de matar alguém. Participou de um racha, alcoolizado”, comentou o delegado, acrescentando que, se chegar a ser condenado por homicídio doloso, Timponi pode pegar de 12 a 30 anos de prisão, fora as agravantes. “Ele omitiu socorro, e, quando fomos à casa dele, no próprio sábado, tinha fugido”, explica.

Neste fim de semana, o advogado de Timponi afirmou que seu cliente iria se apresentar nesta segunda-feira à polícia, o que ainda não aconteceu. O motorista da caminhonete S10 ainda não foi identificado. O Detran-DF já encaminhou a polícia 712 registros de veículos com as mesmas características, para ajudar nas investigações.

O pedido de prisão temporária para César Timponi, que Jefferson Lisboa espera encaminhar ainda hoje ao Tribunal do Júri, é válido para mantê-lo detido por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Então, pode ser feito o pedido de prisão preventiva, que vale até o julgamento. “Caso ele se apresente, dependendo do nível de colaboração, ele pode até não ficar preso”, informou o delegado-adjunto.