Brasília, quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Acusado de provocar acidente na ponte JK já está na cadeia Thomaz Pires e Diego Abreu Do CorreioWeb
Atualizada às 20h19
09/10/2007 19h12-Pouco depois de o Tribunal do Júri do Distrito Federal decretar prisão preventiva, o professor de Educação Física Paulo César Timponi, de 49 anos, compareceu à 10ª DP (Lago Sul), às 19h desta terça-feira. Após interrogado, o acusado de provocar o acidente que resultou na morte de três mulheres na Ponte JK, em Brasília, segue para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde ficará à disposição da Justiça. Seu advogado, Aldo de Campos Costa, contudo, já antecipou que entrará com um pedido de habeas corpus na tentativa de libertá-lo. Ao ser apresentado para a imprensa, Timponi estava algemado.
Assim que soube da prisão, Luiz Cláudio Vasconcelos – marido de uma das vítimas, Antônia Vasconcelos - compareceu à delegacia. Visivelmente abatido e cansado, ele disse que fazia questão de encarar o motorista. “Eu queria olhar para ele. Que Deus o perdoe por ter destruído o sonho de três famílias. Ele é um desequilibrado mental que merece apodrecer atrás das grades”, desabafou emocionado pouco depois de deixar a sala onde Timponi prestava depoimento.
A defesa do acusado esteve durante toda esta tarde na 10ª DP, aguardando uma intimação para que ele prestasse depoimento. A revelação mais importante, porém, veio do laudo pericial, que confirmou que, além de o motorista estar em alta velocidade no momento do acidente, havia no interior do veículo maconha e cocaína, além de uma garrafa de uísque e cerveja. Timponi estaria participando de um pega com uma S-10 quando a tragédia aconteceu. O motorista da caminhonete ainda não foi localizado.
Nesta segunda-feira, por volta das 23h45, o advogado de defesa compareceu à delegacia junto a Timponi, na tentativa de articular uma estratégia para livrar seu cliente da prisão. Costa pretendia que o acusado prestasse depoimento e fosse liberado. Eles, no entanto, não foram atendidos, sob a alegação de que o delegado responsável pelo caso, Antônio Cavalheiro Filho, não estava presente.
Cavalheiro justificou a recusa em atender o acusado por temer que ele fosse liberado logo após o depoimento. Segundo o delegado, não restam dúvidas de que o professor de Educação Física praticava o pega na Ponte JK. “A perícia já constatou todas as materialidades. Seria muito cômodo para ele prestar um simples depoimento e ser liberado em seguida. Portanto, estávamos dependendo de uma decisão judicial”, disse.
Inicialmente, a polícia entrou com um pedido de prisão temporária. No entanto, a Justiça do Distrito Federal considerou que, por possuir antecedentes criminais, o professor de educação deve permanecer preso até que o caso seja julgado. O laudo pericial também contribuiu para a decisão. Ele deverá responder por homicídio doloso (com intenção de matar) e pode ter uma pena que varia de 6 a 20 anos de prisão.
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